BNDES prioriza energia solar e abandona térmicas a carvão e a óleo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu ampliar o apoio a projetos de energia solar para até 80% dos itens financiáveis cobrando TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).

O banco também extinguiu o financiamento a usinas térmicas a carvão e a óleo.

As novas condições de financiamento para o setor de energia elétrica já valem para os próximos leilões de energia, programados para outubro e dezembro, que terão exigência de participação mínima de 20% de recursos próprios do investidor nos projetos.

Marilene Ramos, diretora de Infraestrutura do BNDES, disse que a priorização da energia solar está ligada ao fato de que essa é uma tecnologia em fase de desenvolvimento no Brasil e é preciso consolidar o segmento.

“É um setor que, nós acreditamos, vai crescer muito, porque são projetos de grande viabilidade, têm condições de, financiados dessa forma, se pagarem em prazos relativamente curtos, e representam, para as cidades e prefeituras, uma enorme economia.

“Além disso, têm um impacto social muito grande, na medida em que as cidades mais iluminadas são mais seguras, permitem opções de lazer noturno e, além disso, propiciam a instalação aqui de uma cadeia de produção de todos os equipamentos,” disse Marilene.

Acordo de Paris

A diretora de Infraestrutura disse que as novas condições de financiamento à energia elétrica estão alinhadas com o compromisso assumido pelo governo brasileiro no Acordo de Paris, em dezembro do ano passado, para aumentar a participação das energias alternativa na matriz brasileira.

Daí a decisão do banco de não financiar mais usinas termelétricas a carvão e a óleo, responsáveis por uma maior emissão de gases poluentes.

Não haverá, contudo, impeditivos para projetos com carvão no país, desde que eles sejam financiados pelo mercado, sem recursos do BNDES. “Eventualmente, se existir algum projeto dentro da casa para aprovação, que foi objeto de um leilão passado, as condições passadas são respeitadas,” ressalvou Marilene.

  Fonte: Portal Inovação Tecnológica.  

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